29.9.10

28.9.10

Saudades...

No outro dia

não resisti e comprei à Joana um livro de bolso com "as 100 razões para ser benfiquista". Não é que ela precise, porque está bem ensinada. E começa a demonstrar grande "ferrenhice". Adora ir à bola com o pai, vê os jogos com atenção e já tem o belo do Red Pass. Mas pode ser que ela precise de argumentos para converter os amigos que andam para aí perdidos, errantes, agarrados à cor errada.

E então no meio de muitas outras pérolas de sabedoria, entre as quais o livro refere que não é preciso muito para fazer 6 milhões de pessoas felizes, basta o Benfica ganhar, ou que só graças ao Benfica se vendem jornais desportivos, destaco esta como minha preferida:

"Ser de Benfica é um acto de fé. Deus encarnou. Não esverdeou, nem azulou."

: )

21.9.10

As férias já lá vão


e eu sempre com o atraso do costume a dar sinal de vida por aqui.


Voltámos há pouco mais de 3 semanas apenas e parece que já se passaram meses. Continuamos saudosistas. A Joana ainda ontem à noite me disse, assim do nada, que tinha saudades do caminho do quarto para a piscina. Não era da piscina. Era do caminho para a piscina.

A viagem para tão longe correu muito bem. Aliás, quando penso nas férias, as viagens de avião já quase não pesam. Apesar de no dia em que chegámos a Lisboa ter pensado que não queria ver um avião à frente durante bastante tempo. Um bem-haja aos airbus's com as suas benditas televisões individuais com filmes, desenhos animados e jogos. Foi o que nos safou.

Com aquela maluqueira das diferenças horárias, acabámos por dormir 2 horinhas se tanto. Eu não, que eu cá não prego olho em aviões com turbulência por isso estive acordadinha a topar o barulho aqui e o barulho ali, podia o piloto estar distraído. No Qatar aterrámos à 1h da manhã e estavam aí uns 40 graus com 200% de humidade. Um baque. Não sei como se vive assim, com casas-de-banho sem água fria e com água do autoclismo a borbulhar. É um inferno de calor. Mas seguimos viagem.

Andámos uns dois ou três dias completamente alterados com jet-lag. Na 1ª noite a Joana e o Nuno passaram a noite a vomitar e a Rita com uma insónia do caixão à cova e eu a limpar vomitados da Joana. Mas estávamos no paraíso e o resto é conversa.

À medida que o jet-lag passava, o tempo também melhorava e tudo se começou a encaixar. Foram dias maravilhosos, a ilha era de postal, o hotel de revista e as pessoas muito simpáticas. As meninas deliraram com o Kids Club e mesmo não falando inglês queriam ir para lá todos os dias à tarde brincar. Siga!

Não houve noite em que não pensasse que podia vir um tsunami e nos engolir a todos. Estávamos a 20 passinhos do mar, não havia nada com altura e à noite se chovia, o barulho dava largas à minha imaginação. Ainda ponderei estratégias de salvação que incluia lençóis amarrados a vigas de madeira. Mas depois lá adormecia.

A nossa beach villa tinha uma casa-de-banho ao ar livre que, para mim, foi o delírio. Tomar banho com a lua por cima de nós era qualquer coisa assim de encantador. Foram dias passados a ler, a brincar, muito snorkelling, a Joana sempre de mão dada comigo com medo que lhe aparecesse algum tubarão (e eu tive a feliz ideia de ver o filme do Tubarão no avião. Esta é equivalente ao meu gosto mórbido de ver filmes sobre desastres de avião. Não sei porquê, mas deliro), a Rita guinchava de tubo na boca cada vez que via os peixes. Peixes lindos, Doris, Nemos e Picassos que são os meus preferidos. Andava sempre ao pé de mim, como se me andasse a fazer um city tour ao fundo do mar.

Ficámos peritos em esculturas de areia, que aquela areia pó de talco é perfeita para isso. À noite delirávamos com as luzinhas na areia, umas fosforescências à beira-mar que pareciam pirilampos.


E a água. Aquela água não existe.

Foram 12 dias em que as miúdas andaram descalças. 24 horas. Foi um caso sério terem que se calçar para ir para o avião.

É longe como tudo, mas vale bem a pena o esforço. E agora que já passámos esta barreira...