30.3.10

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Como já me deixaram um comentário a interpretar esta foto, quero desde já acalmar novamente as mentes procriadoras e dizer que esta foto é mesmo só um foto sem qualquer propósito em especial. Foi apenas para surpreender as meninas. Parvoíces minhas : )

(Mas achei um piadão ao comentário. Até era uma maneira bem original de dar a notícia.)

29.3.10

Sábado.

E agora já só querem andar de patins. A Joana aprendeu sozinha, nunca tinha andado e agora já desce rampas de skate, daquelas mesmo agrestes. Precisa urgentemente de uma protecção para o rabiosque porque quando cai é sempre em cima dele. É muito destemida. Quem me dera a mim ter 1% da coragem dela. Também comprei uns, mas meto-me em cima deles e nem para a frente nem para trás. Fico estática e ai de alguém que me toque.

A Rita há-de lá ir. Para já desce umas rampinhas bem suaves mas ainda grita pelo caminho por ajuda. Mas já consegue corrigir a direcção se vir que está quase a ir para as silvas.

Aqui foi no Parque Ribeirinho de Vila Nova da Barquinha. Um dos nossos spots preferidos para dias assim amenos e solarengos e quando queremos fugir das enchentes de Lisboa.

Ah, quanto à recaída da Rita durou só um dia. Longe da vista, longe do coração.

25.3.10

24.3.10

Ontem, estava eu a fazer o jantar

e aparece-me a Rita nestes preparos. Quase um ano depois de ter deixado a chucha, desencantou uma de um nenuco perdida no meio de tantas outras coisas. E agarrou-se a ela com unhas e dentes. Consegui que não dormisse com ela, mas hoje quis levá-la para a escola. Será possível uma recaída? É que se ela me aparece hoje de chucha atiro-a logo para meio dos carros. À chucha, não à Rita. : )

Dou-lhe já o sumiço.

22.3.10

Hoje estou com o andar

à Patrick Swayze. Aquele andar robótico em que as pernas quase não dobram. Ontem corri pela primeira vez a mini-maratona e consegui fazer os quase 8 km a correr. Estive 1h05 a esfalfar-me. Tirando 100 metros em que fui em passo acelerado pois as pulsações já estavam altas demais para o meu gosto.

A parte da ponte é muito engraçada, a vista é linda mesmo com algum nevoeiro. Faz-se bem depressa mas é tanta gente que o objectivo é tentar não tropeçar nas pessoas que vão a correr e travam de repente ou as que correm aos zig-zags. E não escorregar nas grelhas que fazem aquele barulho tão característico da Ponte quando lá passamos de carro. São trilhos sem gente para ultrapassar, mas é muito fácil torcer o pé ou escorregar.

É giro ver as pessoas espalhadas pela rua que nos aplaudem como se fôssemos uma Rosa Mota. Parece irrelevante mas até ajuda. Levamos encontrões a toda a hora de pessoas suadas e fedorentas e vemos passar os da meia-maratona a correr 3 vezes mais rápido que nós para uma distância 3 vezes maior também. Sentimo-nos o palhaço pobre no meio do povo enquanto os da meia têm uma estrada só para eles. : )

O pensinho no nariz, apesar de ridículo, faz mesmo toda a diferença e é uma desilusão não poder respirar tão bem o resto do tempo. Que vontade que eu tenho de endireitar o nariz por dentro para poder respirar como deve ser.

No fim é um alívio vislumbrar a meta e um orgulho quando conseguimos fazer mais do que estávamos à espera. O meu pensamento quando parei resumia-se a comida. Queria um hamburger do macdonalds mais do que tudo na vida.

11.3.10

iiii

A "pinchêja" faz hoje 4 anos e continua do mais coquete que há. Vive num mundo cor-de-rosa e já me disse até que queria ter olhos dessa cor. Adora coisas de princesa e coitada, ainda não lhe fiz a vontade de a vestir assim no Carnaval. Shame on me. Mas tem uma série de pirosadas para vestir dentro das quatro paredes da nossa casa e a primeira coisa que faz quando chega a casa da escola é pôr uma das suas coroas na cabeça. A partir daí sente-se completa.

Muitas vezes dorme com ela na cabeça, com óculos escuros, três bonecos (o coelho, o xuxu e o dibo) e uma fralda de pano. Se acorda de noite e não sente tudo ali por cima dela, não consegue voltar a adormecer. No outro dia apareceu-me eram 7 e pouco da manhã no quarto, ainda tudo a dormir, e ela já artilhada de coroa, óculos escuros e carregada de bonecos. Até me assustei com o estaminé. Adora a sua cama grande, mas dorme no buraco entre a parede e o colchão. Um dinheirão que nos custou o colchão e a miúda enfia-se no buraco.


Adora banhos de imersão e sai sempre encarquilhada até ao tutano, mas ainda berra horrores para lavar a cabeça. É só uma pinga entrar no ouvido e está o caldo entornado. Mas depois é capaz de dar mergulhos na maior. É só para chatear. Faz parte, o colapso nervoso à hora de lavar a cabeça.


Detesta as aulas de ginástica na escola. Depois até corre relativamente bem, apesar de estar hiper-sensível e abrir a goela se lhe cai um gancho, mas de manhã é uma fita daquelas para vestir o fato de treino. É azul escuro. Se calhar é aí que está o problema. Se fosse rója...

Adora brincar às escolas e ser a aluna nova. Eu sou sempre a aluna mal-comportada que lhe faço a vida negra e a Joana, claro, a professora que até dá reguadas. Medo.


Tem períodos do dia em que fala à bebé. É uma mimalhice e ainda por cima como sabe que nos chateia, ainda faz pior. Depois esquece-se e fala normalmente. E fala tão bem. Quando lhe dá para emancipação decide que é um dia especial e que vai fazer tudo sozinha. Dura aí um minuto se tanto, mas é anunciado com grande pompa e circunstância. Mesmo assim lá se vai vestindo sozinha a seguir ao banho e põe ela o cinto de segurança quando está para aí virada. Mas a comer é que é uma preguiçosa do pior, e acabo por lhe dar a refeição toda à boca para me despachar. Tenho que começar a deixar-me disto. É preguicite aguda pura.

Continua muito gulosa e é uma luta diária porque quer pastilhas todos os dias quando sai da escola. Adora sushi e isso sim, come sozinha e com pauzinhos (com elástico). Quando faz cocó faz-me ir lá sempre ver se é "cocó do bom ou diarreia". Já é um clássico. Diz boa fixe quando quer dizer bueda fixe e continua a deixar um rasto de desarrumação por onde passa e faz-se sempre de desentendida quando é para arrumar.

Está sempre ferrada a dormir de manhã durante os dias de escola mas ao fim-de-semana acorda cedíssimo, ainda mais cedo que durante a semana. É um fenómeno que eu gostava que alguém me explicasse e que me irrita solenemente.

Continua muito meiguinha, gosta de dar beijinhos melosos e de dizer que gosta muito de nós. No outro dia apontou para uma parte da minha banha.. quer dizer, barriga e disse que quando estava na minha barriguinha, ali na zona do baço era a sala, no fígado a casa-de-banho e perto do estômago o quarto. É muito muito doce. E adora que conversem com ela e lhe dêem atenção exclusiva. Se lhe derem uns pincéis e tintas para as mãos e pintarem com ela, então é o sonho.

Faz hoje 4 anos e vai ter tudo cor-de-rosa na sua festinha com a família. Mas antes, vermelho e branco. Vai à Catedral pela primeira vez ver o glorioso. E ai que haja desfeita!

8.3.10

Isto aqui anda um bocadinho paradote...

ao contrário de mim que ando cada vez mais activa.

Continuo com as corridas diárias no trambolho e cada vez gosto mais. Hoje pela primeira vez consegui correr 15 minutos de seguida sem ter que descansar a meio. Eu sei que para quem corre há algum tempo, isto é uma miseriazinha, mas para mim que sou uma preguiçosa do pior, que até acha uma trabalheira ter que calçar uns ténis, é um feito.
Agora a ideia é ir até à meia hora de seguida a correr e mais tarde aumentar a velocidade de corrida.

Continua a irritar-me o número de calorias que queimo. Umas míseras 150. Fiquei espantada quando soube que o Nuno na maratona gastou 5000. Ora aí está um número simpático. Dava para comer todo o chantili às colheres que quisesse e arrufadas de cinco em cino minutos.

Uma coisa que estranho é que desde que comecei nunca senti uma, umazinha que fosse, dorzita muscular nas pernas. Nada. Elas fartam-se de bombar e os músculos não se ressentem? Assim a celulite não descola. E a firmeza fica pelo caminho.

A parte que eu gosto é de me superar, devagarinho mas vou conseguindo. E a sensação que dá de nos sentirmos mais elegantes, apesar de até estarmos iguais e mais saudáveis, apesar de continuarmos a comer porcarias. É assim uma aura de saúde que emana de mim nos dias em que corro.

A parte chata é o tédio. Hoje até conseguia correr mais tempo, até aumentei a velocidade no fim, mas estava tão entediada. É que a passadeira chateia como tudo, não há nada para fazer, nada para ver, sempre a olhar para ao mesmo sítio que no meu caso é uma parede branca. Se olho para ela começo a ter visões. Olhar para os pés e esmiufrar todos os pormenores dos ténis, dá-me tonturas. Resta-me olhar para a passadeira. Já estudei todos os cantinhos que há para estudar, já me irritei com o pó que descubro em todo o lado, o cotão aos saltos a chamar por mim. Penso sempre em limpar quando acabar mas esqueço-me sempre. No dia seguinte lá está ele a troçar de mim. Qualquer dia engole-me a mim e à passadeira. Restam-me os joguinhos com os números do painel. Invento contas, simetrias e sequências malucas. Fora as instruções em português e em inglês que já sei de cor. Resumindo, já não a posso ver. Sempre preta, com pó e com os mesmos números a tentarem enloquecer-me.

Ouço num radiozinho com fones as notícias da tsf e lá me distraio minimamente. Acho que meia hora disto vai-me entediar de morte. Preciso de um ipod. Faço anos dia 18 de Maio. Juntem-se todos e vá. A ideia não foi minha. Mas foi muito boa.