28.9.07

Conversas à saída da escola.

- Então linda, como correu o dia? (pergunta típica de mãe quando vai buscar os filhos à escola e gostaria de saber todos os pormenores do dia deles, tim-tim por tim-tim, mas normalmente só recebe em troca um sucinto "bem". Hoje, porém, não foi um desses dias. Hoje ofereceu-me uma descrição de um feliz momento do dia em que eu me contentava com algo menos pormenorizado.)

- Sabes, mãe, hoje tinha um grande macacão no nariz e não o comi. Já não como macacões. Tirei-o com o lenço e estava muito preso, com coisinhas pretas, secas, devia estar lá há cem dias!

Pulseira 10

Preço: 12 euros

(P.S. Já tenho máquina fotográfica. Yupiii!)

26.9.07

Pior ideia que tive nos últimos tempos.

Dar para a mão da Rita, uma gelatina individual daquelas da Royal e uma colherinha para ela comer, enquanto cirandava pela casa. Fica contentinha, entretidinha e calminha, achei eu.

8 dias depois ainda encontro gelatina nos cantinhos mais improváveis cá de casa.


É que nunca mais.
(devia ter imaginado que "calminha, entretidinha" é sempre sinal de que eles estão a fazer alguma.)

24.9.07

Já arranjei

um substituto para as tapiocas que tantas saudades me deixaram. Os meus cunhados fizeram a descoberta do ano. Crepes*, já feitos, congelados. Nada de juntar leite e bater com a varinha e aquelas trabalheiras todas que demoram mais do que 2 minutos. Aqui é só pôr no microondas, esperar um bocadinho e estão prontos a comer. E são uma DELÍCIA. Há simples (que ficam lindamente com leite condensado, ou com nutela, ou com açucar e canela, ai que até rimei), com maçãs e passas que são óptimos e os de chocolate que são do caixão à cova.

A minha vida mudou.

*Marca Continente

21.9.07

20.9.07

Quando chegámos de férias,

depois de 3 semanas consecutivas com as meninas, 24 horas por dia, cheguei a este ponto, nada admirável da minha pessoa:

estava no meu quarto, a ler qualquer coisa, enfiada na minha cama, há 3 minutos sem as lapas coladas a mim, sem barulhos e gritinhos, sem perguntas e lamentos, sem "vá lá, anda brincar comigo mãe", aí 3 minutos só, quando ouço aterrorizada "maííííí!!!" e muitos passinhos apressados em direcção ao quarto.
Eram elas.

Instintivamente escondi-me debaixo do édredon, toda espalmada para elas não toparem que eu ali estava, com uma vontade enorme de rir, mas decidida a que não me descobrissem, a pensar olha prá figurinha linda que estás a fazer.

Não me viram, andaram à volta a chamar por mim, saíram e foram gritar para o resto da casa.
E deu aí para mais uns 3 minutinhos de sossego. Não me orgulho lá muito disto mas enfim... vida, a quanto obrigas. : )

11.9.07

Nunca me tinha acontecido

mas este ano fui literalmente devorada por mosquitos. A meio dos 15 dias no Brasil já contava com 56 borbulhas no meu corpo, parecia que tinha varicela ou sarna, porque me andava sempre a coçar. Ao que parece, os anormais dos mosquitos brasileiros gostam do nosso repelente e só ao 2º repelente de marca brasileira é que a coisa acalmou. Mas bastava deixar um dedinho do pé sem repelente, que ele era massacrado. Os mosquitos coitados, andavam por ali a tentar alimentar-se, andava tudo a cheirar a insecticida, que aquela pessoa que por acaso não tinha repelente, era comida viva.

Ou então era o meu sangue que já estava docinho de tantas tapiocas.

A Rita

passava tanto tempo dentro de água de chinelos para não escorregar, (que a rapariga não tem paramento e pensa que sabe nadar e que o mundo é todo dela e que até já pode correr dentro de uma piscina baixinha cheia de água e repuxos), que acabou por ficar com este lindo bronze nos pés.

(E a qualidade desta fotografia dos pés está nestes termos porque houve uma peste de 4 anos, que tem um nome começado por J. e que tem uns chiliques repentinos, que deu um safanão na máquina, que se foi afogar na piscina. Andámos durante 2 semanas a secá-la com secador e almofadinhas desumidificadoras, a deixá-la ao sol etc e tal, mas a coisa não melhorou... Acabou por ir para a Sony para arranjar. Máquina nova ainda por cima. Grrrr. Por isso, nos próximos tempos, nada de fotos de trabalhos nem de nada que não seja férias.)

Neste passeio

em que andámos em cima do jeep, em terras bem escorregadias e esburacadas, em que ia tudo a rir e com aquela adrenalina, a tentar segurar-se bem para não saltar borda fora e não apanhar estaladões das folhas da cana de açucar que nos apareciam à frente quando o caminho estreitava, a Rita adormeceu. A Rita nunca adormece num veículo motorizado. Ía tudo em êxtase e a rapariga achou por bem apagar, que era o ambiente ideal para uma bela soneca.

No voo para Lisboa, eu que detesto que o avião mexa um centímetro que seja, e depois deste episódio, desejei muita turbulência. Daquela em que é preciso pôr o cinto e vir a correr esbaforida da casa-de-banho. Foi graças a ela, que a Rita embalou e dormiu. Deu luta mas dormiu. Precisa é sempre de uns belos duns solavancos. E venham eles! (podem é parar assim logo logo quando ela adormece, para eu depois não ir o resto da viagem com o coração nas mãos.)

O Nannai

foi a nossa casa durante 15 dias e há-de ser outra vez e outra vez e outra vez. É um hotel maravilhoso, tranquilo, com gente muito simpática, cheio de recantos lindos. A comida é fabulosa e posso dizer orgulhosamente que, enquanto lá estive, comi 60 tapiocas (na foto) com côco e leite condensado. O que vale é que não engordo, porque 4 tapiocas por dia acrescentava uns pneus a qualquer pessoa. Deliciei-me.*

*até trouxe a goma de mandioca para fazer cá umas tapiocas, mas sem côco não fica bom e ainda não descobri uma maneira de abrir um côco sem (quase) me matar.

Os passeios

que fizémos foram muito divertidos. Vimos paisagens lindas, campos cheios de cana de açucar até se perderem de vista (que nunca tinha provado e adorei), vimos cachoeiras com água bem geladinha, onde tomámos uns banhos refrescantes e levámos umas boas massagens com a força da água. Estivémos em praias com água quente quente como na banheira.

Vi e peguei pela 1ª vez num bicho-preguiça, que achei um piadão. Enrosca-se em nós como um bebé e tem o ar mais simpático e mole do planeta, mas tem umas garras enormes e assustadoras.

10.9.07

Aviso.

Avizinham-se nos próximos dias, muitos posts "mete-nojo" sobre férias e Brasil. Vou estar impossível de aturar e vai ser até enjoar.

15 dias no Brasil

e já nos sentíamos em casa. Também, não é nada difícil, tanta coisa bonita para ver, gente tão simpática e conversadora e comida deliciosa. O Brasil não cansa e há sempre qualquer coisa nova para descobrir, mesmo que regressemos à mesma zona no ano seguinte. Não há sítio no mundo* onde me sinta tão bem.

As meninas andaram felizes, quase sempre enrugadas de tanto tempo que passavam dentro de água. A Rita é do mais destemido que há, e no mar calmo ía andando andando sozinha, até quase perder pé. A Joana continua mais "piscineira", mas rendeu-se à água quentinha e tranquila e a descobrir búzios que tinham bichinhos lá dentro que nos picavam enquanto a Rita os punha dentro da boca, à mão cheia.

* fora de Portugal.

Esta minha ausência

não se deve a ter tido 30 mil dias de férias. Já cheguei dia 1 mas entretanto o meu computador deu o berro e estive prestes a perder tudo e como não fazia backups desde Novembro do ano passado, andei um bocado em pânico. Um amigo felizmente conseguiu recuperar tudo, mas como entretanto se tem desligado várias vezes sozinho, acho que não me livro de um disco novo.

Em relação às férias, muitas saudades...