28.2.07

Começo por ouvir

o autocolismo a ser puxado várias vezes seguidas. Distraída nem tenho a reacção de ir ver o que se passa.

Depois ouço a Joana muito agitada lá para dentro, e o autocolismo continua. E ai para aqui e ai para ali, até que grita por mim. "Mããããiiiiiiiiiiii, tá entupido, não vai para baixo!!" Lá vou eu com os olhos revirados, mostra lá o que é desta vez.

A sanita com água até cá acima, prontinha a transbordar e muito muito papel higiénico a boiar. Lembro-me que tinha acabado de pôr um rolo novo e tinha deixado lá mais um em cima. Os dois vazios. Só os rolos. Resultado, uma sanita entupida com 2 rolos inteiros de papel higiénico enfiados à pressão, e um ralhete pequenino porque foi por uma boa causa. : p



P.S. O do lado direito teve direito a ser comido pela Rita, vá-se lá perceber porque é que os bebés têm que roer tudo e mais alguma coisa. Deve saber mesmo bem, deve.

Pregadeira 43

Preço: 7 euros

26.2.07

De vez em quando

dou uma volta à máquina fotográfica para esvaziar o cartão e dou de caras com fotografias "altamente artísticas" da Joana, que nem dei conta que andou a tirar. Gosto especialmente destas. E acho um piadão ao Nemo esbugalhado a posar para ela.

Brincos 22

Preço: 7 euros (peça única)

22.2.07

Quando sei de algum casal

que acabou de ter o primeiro filho, não consigo resistir a um sorriso malicioso por dentro que diz "nem sabem no que se meteram". Não é o facto de ter filhos, porque isso é maravilhoso claro. Mas os primeiros meses de um bebé são para esquecer. Claro que é muito bom olhar para um bebé ternurento, que faz uns barulhinhos amorosos, que cheira muito bem e que é todo nosso.

Mas na 1ª noite é logo um susto. Ou o bebé está todo trocado com os horários e não acorda de noite e passamos a noite a acordar de hora em hora a ver se ele respira ou a ver as horas a passarem e ele sem comer, e bom, antes que ele entre em hipoglicémia toca de levantar o bebé e pô-lo a comer.

Depois são os barulhinhos, os tais que são amorosos de dia mas que de noite não me deixam dormir. Parecem assim uns ronquinhos pequeninos, sem fim e eu que já não sou boa para dormir, pimba lá tinha que dormir com tampões e mesmo assim...

E nunca mas nunca adormeci a dar de mamar. Todas as mães dizem que adormecem, eu por mais zombie que estivesse, nunca adormeci. Depois é a parte do arroto, que às vezes demora eternidades, e a meio da noite, ainda parece mais tempo e toca a pôr a criança no berço que entretanto adormeceu a mamar, mas que espevitou com as voltas para o arroto. E quer brincadeira. Vai para o berço, abre a goela, vem para o colo, adormece. Outra vez para o berço, grita, como se a cama tivesse picos.

E depois são as cólicas que até podem ser mito urbano e razão para todos os males, mas o que é facto é que elas dão cabo dos bebés e dos pais. A Rita foi muito pior neste aspecto, tinha um ritual de adormecer lindamente sozinha na cama às 21h30 e meia hora depois, certinha, parecia um relógio, acordava e ficava a chorar até à 00h. Foi assim até aí aos 5 meses. Era de ir às lágrimas. Porque era suposto ser o bocadinho do dia em que descansávamos, e podíamos conversar um bocadinho, e ver televisão. Mas não, acabávamos de deitar a Joana às 22h e a Rita acordava. Até hoje é um mistério, este acordar cronometrado, e choro descontrolado. Talvez fossem as cólicas... Lembro-me de várias vezes, eu e o Nuno estarmos à janela a conversar um bocadinho, a relaxar, e o intercomunicador a dar sinal e dávamos por nós a pôr a cabeça mesmo fora da janela, inconscientemente, para podermos, não sei, talvez afastarmo-nos de tudo o que se passava dentro de casa.

Mas isto nem era muito mau comparado com várias noites em que simplesmente a Rita decidia não dormir e ficar acordada até às 7h da manhã. Não percebíamos como é que um bebé com 15 dias conseguia ficar 10 horas seguidas acordada. E isto vários dias, uns atrás dos outros. E nós no quarto com ela, completamente à nora já sem saber o que fazer. Um embalava, o outro embalava, depois não embalávamos, deixávamos chorar, depois um bocadinho de música, depois um abanico no berço, depois apagávamos a luzinha que tínhamos acesa, fraquinha, no chão, depois acendíamos, nada resultava. As horas passavam e de repente era de manhã e ela ainda não tinha dormido. E nós também não.

O pior é que depois não se consegue descansar de dia, porque se tem outra menina, já crescida que quer muita atenção e brincar muito e andamos por aí meios zombies a pensar que não queremos ter mais filhos nunca.
Eu dizia ao Nuno, vamos lá filmar isto, para não nos esquecermos, porque acabamos por esquecer, ou assim de longe até tem graça, mas na altura era um desespero total. E eu não queria passar por isso outra vez. Mas tudo passa e acabamos por esquecer. E para trás ficam só as recordações boas.

Marcador de Livro 1


19.2.07

Não tem paramento

Anda dum lado para o outro, non-stop, com os braçinhos ao alto para ajudar no equilíbrio e bate palminhas a si própria e com toda a razão.

15.2.07

Dia de compras

e "casa" arrumada. Com direito a multa de estacionamento de 60 euros. Sinto-me sempre tão injustiçada quando sou multada, apesar de neste caso estar a pedi-las. Agora toca a fazer e vender colares para pagar este brinde. Porque a culpa foi das missangas. :-s

Colar 23

Preço: 8 euros (peça única)

14.2.07

Olhe se faz favor,

será que me podem devolver o apetite da Dona Rita?

A "Rita-come-tudo-tudo-tudo" decidiu que agora não está para aí virada. Ou enjoou a sopa e aí estamos mal porque ainda vai ter de comer litros e litros de sopa. Ou é porque está constipada e aí estamos mal também porque é o estado constante dela. Ou é um dentinho que está para romper e aí estamos mal outra vez porque ainda faltam 14 para nascer.

Ou então pode ser só uma fase, como agora se costuma dizer para aquelas coisas que acontecem para as quais não temos explicação. "É uma fase." E pronto, aceitamos.

13.2.07

Colar 22

Preço: 8 euros (peça única)

12.2.07

Tolerância zero

em pachorra.

Foi assim que me senti hoje, passados 9 dias enfornada em casa com uma Joana com gripe mas com saúde suficiente para cantar histericamente em cima de cadeiras e desaparecer de repente para o meio do chão com pernas para cima e braços entalados, uma Rita com um nariz sempre a pingar, que deixa manchas personalizadas em tudo o que é sítio, e só satisfeita ao colo, xixis na cama, tremores de terra, trabalhos a pedir atenção, papelada acumulada, tudo adiado.

E fico "doente" quando vejo a mãe do Ruca que só pode ser mesmo um desenho animado. Ou se calhar até há mães assim. Sempre tranquilas, pedagógicas, com vozes mansas. Ela não grita, quase não ralha, dá a volta ao Ruca com uma pinta desgraçada. Tem sempre a palavra certa na altura certa. E eu que ando para aqui com os cabelos em pé, sinto-me sempre um bocado desvairada cada vez que a ouço a falar suavemente com um sorriso nos lábios e com a maior diplomacia para resolver conflitos lá em casa.

Ou se calhar já ando mas é a ver desenhos animados a mais.

Brincos 21

Preço: 5 euros

Acabei de sentir

a casa toda a abanar. Esperemos que fique por aqui.*

*Mas ao mesmo tempo, não posso negar que me deu algum gozo. Foi a 1ª vez que senti um tremor de terra.

9.2.07

Ai,

que este chocolate* é mesmo bom. Tenho comido dezenas e dezenas... Onde é que isto vai parar?

*mars delight

8.2.07

Pregadeira 42

Preço: 7 euros

Trabalhar em casa

para mim tem muitas vantagens e poucas desvantagens. Quando a Joana nasceu em 2003 decidi tirar um licença sem vencimento para ficar a cuidar dela em casa ao mesmo tempo que tinha já alguns clientes para fazer trabalhos como freelancer. E fui ficando. A Joana já foi para a escola mas agora tenho a Rita em casa e muita gente me pergunta se vou voltar a trabalhar fora. Para já não tenho muita vontade. Gosto de dispôr do meu tempo, de acompanhar as meninas e de estar sempre presente. É preciso alguma disciplina para não ceder ao vale dos lençóis que chama por mim todas as manhãs.

Mas claro que não gosto de não ter um ordenado fixo, de não ter os subsídios que sabem tão bem, faz-me falta a galhofa que tinha quando trabalhava na McCann mas quando saí, já o meu grupo de trabalho estava desfeito e a maior parte das pessoas tinha saido e por isso custou-me tão pouco. Mas às vezes tenho vontade de voltar a trabalhar fora de casa, mas numa coisa minha. Porque agora estou cheia de vícios, e não morro de amores por trabalhar em equipa. (depende muito da equipa também...) Não é muito bonito dizer isto, eu sei, e de vez em quando até me faz falta alguém que me ajude e opine em relação aos trabalhos que faço.

Às vezes é complicado trabalhar com a Rita agarrada à minha perna, a puxar as minhas calças, a balançar-se porque quer colo. E quando a Joana fica doente em casa, aí é o descalabro.


E aquela coisa de não levar trabalho para casa, comigo não funciona. O trabalho está sempre ali e caio muitas vezes na tentação de, como tenho o computador sempre ligado, ir dando uma achega aqui, outra ali e se tiver algum trabalho em mãos, raramente desligo.

E não sinto solidão, nunca senti. Acho que sou uma sortuda, sei que nem toda a gente tem perfil para estar em casa, mas a mim encaixa-se como uma luva.

6.2.07

Novo convite de casamento

Para chamar a Primavera.

(M
ais convites aqui)

Colar 21

Preço: 7 euros (é muito simples, mas fica muito bonito quando posto)

5.2.07

5000 visitas

Ena! :D

Gostava tanto

mas tanto de ser bailarina. Ballet clássico. Tenho mesmo pena de não me ter empenhado mais quando tive ballet em criança. Na altura não achava graça e não devia ser grande coisa, porque no último espectáculo que fiz, fui escolhida para ser uma das árvores, aquelas que só mexiam os braços.

Mas morro de pena de não ter continuado. Só que agora para o meu nível, só há turmas de crianças e cheguei a fazer um ano de ballet só com crianças quando tinha 25 anos. Foi muito engraçado, mas não deixava de me sentir um bocado fora de contexto e mãezinha delas todas. Depois engravidei da Joana e nunca mais me inscrevi. Se houvesse aulas para adultas com poucos anos de ballet alinhava no mesmo instante. É tão bonito.

2.2.07

A Rita já anda!

Depois de alguns meses em que já corria a casa toda agarrada aos sofás e paredes, e depois de algumas semanas em que já dava 4 ou 5 passos sozinha, normalmente para o lado estilo caranguejo, hoje deu aí uns 15 passos seguidos em várias ocasiões. Acho que é desta! E o engraçado é que faltam 7 dias para ela fazer 11 meses e a Joana começou a andar 5 dias antes de fazer precisamente 11 meses também.

As manas

às vezes dão-se bem. Nem sempre. E tudo depende da Joana, se está para aí virada ou não, porque a Rita tem adoração pela Joana. (que bom ser irmã mais nova!)

Se não está, pega na Rita e senta-a no outro canto da sala, que lhe dá aí uns 4 segundos para acabar o que estava a fazer até a Rita conseguir voltar no seu gatinhanço acelerado. Ou simplesmente ignora a presença dela. Ou até lhe dá uns calduços assim como quem não quer a coisa.

Mas quando está para aí virada, inclui a Rita em todas as brincadeiras, quer dar-lhe a sopa, banho, canta para ela, dá-lhe beijinhos e abraços apertados enquanto lhe fala com voz de bebé, diz-lhe que tem uma roupa muito gira, mete-se na cama dela para lhe dar um beijinho de boa noite, ri-se das paródias dela, dá-lhe a mão e leva-a a passear pela casa.

Esta parte boa pode durar só uns minutos, e vai alternando entre períodos que me diz que adora ter uma mana e outros em que diz que está farta dela. Mas acho que vão ser grandes amigas!

Post nojentito

Esta noite a Rita voltou aos vomitanços nocturnos. De madrugada, horas depois de ter comido a sopa alarvemente, vomita-a toda inteirinha, sem ter sido sequer ligeiramente digerida. Isto às 4h da manhã quando estou naquele sono profundo, e que vou a cambalear até ao quarto dela, dá logo para acordar de vez.

É que é tanta a quantidade, que ela está literalmente mergulhada num lago de sopa, a esfregar vigorosamente a cara no vomitado e a chorar ao mesmo tempo. Fico sempre um bocado sem reacção. Nunca sei por onde começar, porque está tudo coberto, ela, as grades da cama, a protecção do berço, os lençóis, o cobertor, o saquinho de dormir. Isto tudo misturado com a hora, fico assim a modos que pró parvinha. E depois é mudá-la, limpá-la com toalhitas geladas (deixo o banho para de manhã), no frio da casa-de-banho, não a poder pousar em nada, porque está toda vomitada, eu já toda vomitada também, ela arrepiadinha (um arrepiadinho minúsculo, porque a pele de bebé é assim, toda muito pequenina) a chorar, com sono e frio.

E depois é a vez da cama, tudo para a máquina, mas o que não pode ir para a máquina tenho que limpar na altura e ela no chão às 4h a brincar, a rir, já toda contente e eu a pensar que a minha caminha está tão quentinha. Depois desperta de tal forma que demora aí umas 2 horas a adormecer. E às vezes são várias noites seguidas nisto. Acho que prefiro de longe os xixis na cama da Joana.

1.2.07

Brincos 20

Preço: 8 euros